terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Catarse & Gozo

Não sou poeta absolutamente,
E jamais pretendi sê-lo,
Apenas me jogo em catarses,
Experimento travessuras com a língua,
Ejaculando letrinhas,
Emito discursos sem que, às vezes, tenham nenhum nexo,
Sem sexo, ou anexo,
Mas que são deveras sexualizados,
Transformo dores, horrores e doçuras em palavras vãs.
Para mim, acumula-las, de nada serve,
Então esvazio a alma daquilo que se avoluma,
E incomoda,
Emito esse acúmulo de mais de gozar para além de mim,
E nesse exato momento de descuido verborrágico,
Desconecto-me de espíritos rasos.
...e gozo, gozo, gozo, gozo, tornando-me raso também...

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