segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Desnuda-me!

Desnuda-me se fores capaz,
Arrebata-me do nobre casulo,
Pois de nada adianta me rasgares a roupa,
De nada adianta me invadires o corpo,
O ser está para lá de mim mesmo,
Ele está onde sou e não onde estou,
Se não consegues me desnudar a alma,
Arrebatar-me da gélida insígnia,
Jamais me possuirás, pobre de ti!
Serás mais um a errar no engano,
E assim sigo, incólume...
...de volta ao nada abissal...

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