segunda-feira, 10 de outubro de 2016

A outra Sagração da Primavera

Porque é preciso romper a persona,
Expor as fendas da alma,
...E amargar mergulhos profundos,
Em lugares abissais.

Fúria de mil vulcões,
...Eis a emersão de mim,
E retumbam em intensidades.

Água doce, terra seca...e fogo.
Amalgamam-se em cataclismos violentos.
...E nasce no semiárido a doçura,
Devastação da caatinga espinhosa.

Mas, teu corpo,
Solo delicado e sagrado,
Não ousaria jamais tocar,
...Dociliza-se o ímpeto agreste,
Em meio à bruma...
...E verdes pinheirais...

Imagem: Himerus
 

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