sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Ideal de Eu

Há tempos imemoriais sigo em teu encalço...
Numa tentativa enlouquecida de me definir,
Rasguei minhas próprias entranhas à tua procura,
Depois, voltei-me para além de mim,
Numa busca frenética pelas entranhas do mundo,
Agora..., reconheço em mim pedaços do que tu és,
Pedaços disformes...e que apenas falam de ti...
Pedaços que me habitam,
Loucamente, tentei extinguir tuas marcas!
Já não sabia quem sou...
...ou mesmo quem tu és,
Vã ilusão!
Não há nada lá fora...
Extinguir-te seria extinguir a mim mesmo,
Quem sou...
E tu, um outro tu... 
...Não és...absolutamente nada...

Imagem: Da peça Nada a Dizer

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