sexta-feira, 8 de julho de 2016

Outrora Salgadinho, ...dos Caetés

Ah, Re-gi-nal-do!
O riacho espelho...
Tão profundamente maltratado!

Um dia enlaçou-se com o mar verde e lindo dos alagados do sul...
Nesse enlace ficou salobro,
O tempo humano por onde fluiu tratou de desconstrui-lo!
Só os Caetés o viram tão límpido e...salgadinho...

Os invasores dos alagados do sul,
Ah, esses! Te usaram, abusaram, maltrataram...maltratarão...
Te fazem esgoto! Nosso adorado e sagrado esgoto!
Ali, onde se escondem, mas onde se cultua, aquilo que não se ousa dizer...

Mas eles não podem, jamais poderão se livrar de ti.
Porque és verdade, és avesso, és espelho do que não se quer ver...
És o espelho que denuncia tamanho avesso.
Aquilo que se nega...podridão!
E seguem iludindo, se iludindo, caminho afora,
Caminhando e cantando ilusão...
E o visitante da Ponta Verde...

Oh, linda e doce Ponta Verde! És um álibi mais que perfeito.
Mas a verdade sobre os alagados do sul é salgadinha,
É Salgadinho que, putrefato, se espalha...e fede...fede muito...
E emite a fedentina a quem ousar, desavisado, se aproximar,
É o que somos, Abaporu, antropofágicos carniceiros...

Intelectofóbica nação caeté,
Ilha paradisíaca dos alagados do sul...
Onde graça a lei do mais podreroso,
Combatente mantenedora da ignorância, de uma profunda desrazão,
E o Salgadinho?! Por isso é mantido assim,
Da forma como é...

Nosso sinuoso altar em louvor de nós mesmos...
Onde ratos emitem sinais de sua peste emocional,
Uma ode ao avesso, às nossas regiões abissais,
Que se disfarçam em docilidade e subserviência...
Ave Salgadinho!
O que fizeram de ti?!
Transformaram-te na mais que perfeita metáfora,
Para lacaios invasores dos alagados do sul...

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