segunda-feira, 11 de julho de 2016

Velho

Às vezes, me pego velho e exaurido...
Não, não, não,
Acho que sou um velho...
Mas, por ser velho,
Não deveria olhar a realidade com sabedoria?!
Ou não, não, não,
Não sou velho, apesar do envelhecimento...
Então, sou um farrapo humano,
Esgarçado pelo tempo de ver, tempo de saber...
Tempo de fazer...
E para quê?!
Nada a ver,
Nada a transformar,
Nada a mudar,
Nada a transmutar...
Sim, sou um velho farrapo humano esgarçado pelo tempo,
Na corda bamba, entre o ver e o negar,
Já estou morto em algum lugar...
E o mundo gira, gira, gira,
Cumpre o que não consigo mais olhar.

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